TEMAS DA POLÍTICA INTERNACIONAL –
ENSAIOS, PALESTRAS E RECORDAÇÕES DIPLOMÁTICAS
Vasco Mariz tem 56 livros, editados em
seis países, que lhe renderam diversos prêmios nos
setores da música e da história do Brasil. Cinco vezes
embaixador – no Equador, Israel, Chipre, Peru e Alemanha –,
aos 87 anos ele realiza o sonho de publicar um livro sobre política
internacional, que foi sua profissão por mais de quatro décadas
no Itamaraty. Esta obra reúne ensaios, palestras, conferências
e artigos de interesse permanente, aos quais estão entremeados
pequenos episódios curiosos e comentários impressionistas
sobre altas personalidades que o autor conheceu com maior ou menor
proximidade: mais de 50 chefes de Estado, presidentes ou primeiros-ministros,
além de grandes escritores, artistas e políticos,
nacionais e estrangeiros.
Temas da política internacional –
Ensaios, palestras e recordações diplomáticas
não é, decididamente, um livro de memórias,
embora contenha muitas recordações pontuais. Trata-se
de uma coleção de ensaios sobre diversos temas relevantes
de política internacional, ilustrados por pequenas vinhetas
para tornar a leitura mais leve. Embora tenha hesitado em incluir
episódios que ainda podem ser considerados secretos, Mariz
entendeu que já era tempo de o público tomar conhecimento
de alguns fatos graves que ocorreram, ou quase ocorreram, e continuam
na sombra. Passados mais de 30 anos, agora como historiador e não
mais diplomata, o autor se sentiu à vontade para comentar,
entre outros casos interessantes, as insensatas iniciativas do presidente
Jânio Quadros de tentar anexar Angola ao Brasil e abrir uma
janela para o Caribe; os meandros da votação do Brasil
contra o sionismo nas Nações Unidas; os pormenores
da gestão do governo Médici junto aos países
escandinavos para impedir que o Prêmio Nobel da Paz de 1969
fosse concedido a D. Helder Câmara, e outras histórias
pouco conhecidas.
Considerado um dos maiores musicólogos
brasileiros, Mariz lançou entre outros títulos, Música
clássica brasileira, A canção brasileira
de câmara, A canção popular brasileira,
o Dicionário biográfico musical, o livro de
ensaios Vida musical e a biografia de Cláudio Santoro.
Sua biografia de Villa-Lobos está na 12ª edição
e foi publicada em seis línguas, inclusive o russo. Ao organizar,
em 1999, uma “Biblioteca dos 500 anos”, com as 100 obras
mais importantes já publicadas no país, a Comissão
Nacional dos Festejos do V Centenário do Descobrimento do
Brasil incluiu a sua História da Música no Brasil,
premiada em 1983 pela Academia Brasileira de Letras como o melhor
estudo histórico do ano.
Em 2000, a Associação Paulista
de Críticos de Arte (APCA) lhe concedeu o Grande Prêmio
da Crítica pelo conjunto de sua obra de musicológo;
e em 2002, 2006 e 2007 a Academia Paulista de História brindou-o
com o Prêmio Clio. Além disso, o autor organizou os
livros Francisco Mignone, o homem e a obra, Antônio
Houaiss, uma vida e As relações históricas
entre o Brasil e a França no período colonial.
Também lexicógrafo, Mariz colaborou em diversas enciclopédias
e dicionários nacionais e estrangeiros, e entre suas obras
históricas destacam-se Villegagnon e a França Antártica,
La Ravardière e a França Equinocial e Ensaios
históricos.
Vasco Mariz presidiu o Conselho Inter-Americano
de Música (Washington, 1967-69) e a Academia Brasileira de
Música (1991-93. É sócio-emérito do
Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, do PEN
Club do Brasil e da Academia Brasileira de Artes, além de
sócio-correspondente do Instituto Histórico de São
Paulo, do Instituto de Coimbra, da Academia Portuguesa de História,
da Real Academia de História da Espanha, e dos Institutos
Históricos da Argentina e do Paraguai, e ainda membro do
Conselho Técnico da Confederação Nacional do
Comércio desde 1991.
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