QUEM É DENISE ASSIS
No momento, a jornalista Denise Assis
é assessora / pesquisadora da Comissão da Verdade
do Rio de Janeiro. De dezembro de 2012 a abril de 2013, trabalhou
como consultora da Unesco, investigando, para fins de elaboração
de relatório, fatos da história brasileira recente
para a Comissão Nacional da Verdade.
Nos últimos cinco anos, integrou a equipe
de assessores da presidência do BNDES, onde teve como função,
além do acompanhamento das atividades do presidente em eventos
internos e externos, a elaboração de textos institucionais
e a divulgação das principais linhas de inanciamento
do banco.
Trabalhou em importantes veículos de comunicação
do país: Veja, Isto É, O Globo,
Jornal do Brasil (Prêmio Esso de equipe em 1987) e
O Dia. Neste último, foi editora do caderno de educação,
Prêmio Ayrton Senna de Jornalismo na categoria Veículo
do Ano (1999). Também colaborou com revistas econômicas
como Carta Capital, Exame, Rumos (ABDE) e Conjuntura
Econômica (FGV).
Na revista Manchete, publicou, em fevereiro
de 1994, a reportagem Araguaia 20 anos depois, durante a
qual foram localizados ossos em Marabá (PA), enviados ao
então ministro da Justiça, Maurício Corrêa.
Como desdobramento, o governo do presidente Itamar Franco formou
comissão para reabrir os processos de indenização
aos familiares. A medida que instituiu as indenizações
foi aprovada no governo de Fernando Henrique Cardoso.
A partir de um conjunto de reportagens investigativas
e pesquisas na área dos Direitos Humanos, descobriu e recuperou
o conjunto de filmes curta-metragem produzidos pelo Ipês (Instituto
de Pesquisas e Estudos Sociais). Para contextualizar o achado escreveu
Propaganda e Cinema a Serviço do Golpe - 1962/1964,
lançado em 2001 pela Editora Mauad, que descreve o uso desses
curtas para convencer a população brasileira a aceitar
pacificamente o golpe de 1964.
Em decorrência do lançamento do
livro, e da recuperação do conjunto histórico
dos filmes do Ipês, recebeu Moção de Honra ao
Mérito na Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro,
em sessão solene no plenário em 29 de março
de 2001. Ainda como consequência desse trabalho, ministrou
palestra aos alunos de graduação do curso de História
do Instituto de Filosofia e Ciências Sociais (IFCS) da UFRJ;
na Semana de Estudos Históricos da Universidade Federal Fluminense,
em Niterói; na Semana do Cinema dos Anos 60, no Sesc de Cuiabá;
na Central Única dos Trabalhadores, no Rio; na IV Semana
de Ciências Sociais da Universidade Federal de Juiz de Fora
(MG); na Semana da Comunicação Sindical, organizada
pela CUT/Rio, e na semana de debates em torno dos 40 anos do golpe
de 1964, na Universidade do Estado da Bahia, em Vitória da
Conquista. Palestrou também no Sindicato dos Funcionários
da Justiça, em Porto Alegre (RS).
A convite do acadêmico Jean-Pierre Bertin
Maguit, escritor especializado em temas sobre a Resistência
francesa, doutor em História e professor de estudos sobre
cinema da Universidade de Bordeaux, participou, como representante
do Brasil, da Histoire Mondiale des Cinémas de Propagande.
O livro reúne artigos de um autor de cada país onde
o cinema influiu sobre os acontecimentos políticos. A coletânea
foi publicada em Paris, em 2007, pela Editora Nouveau Monde.
Em novembro de 2008, paralelamente à atividade
de assessoramento à presidência do BNDES, realizou,
no espaço da Caixa Cultural RJ, a exposição
“AI(s) Nunca Mais”, com 180 fotografias – a maior
parte, inéditas – sobre o AI-5 e a ditadura militar.
A mostra marcou os 40 anos da edição do AI-5, teve
apoio da Petrobras, O Globo e Jornal do Brasil, e
foi apontada pela Veja Rio entre as cinco melhores exposições
do ano.
Em fevereiro de 2004, em parceria com o Jornal
do Brasil, organizou uma série de matérias especiais
intitulada: “Olhares sobre 1964 – 40 anos depois”.
As páginas especiais circularam até março,
sendo encerradas com um seminário na ABL que reuniu nomes
históricos, tais como Miguel Arraes, Waldir Pires e Wilson
Fadul. O público, de aproximadamente 800 pessoas, lotou o
auditório e parte dele precisou ser acomodada em salão
anexo, onde foi montado um telão. O seminário, que
contou com o apoio da Eletrobrás, teve transmissão
pela Rede TV e ficou no ar, ao vivo, das 9h às 19h.
No mesmo ano, ainda no Jornal do Brasil,
Denise publicou a saga de madre Maurina Borges da Silveira, presa
pela ditadura em 1969. Inocentada pela Comissão Militar,
ela foi obrigada a permanecer no exílio por decisão
do então ministro da Justiça, Armando Falcão,
que expediu bilhete para o então chefe do SNI, e mais tarde
presidente, João Baptista Figueiredo, apontando o risco de
seu retorno ao Brasil.
Em agosto de 2004, organizou – em parceria
com o Jornal do Brasil e o Museu da República (antigo
Palácio do Catete) – o seminário “Um tiro
que atravessou a História”, com o objetivo de debater,
no palco dos acontecimentos, o suicídio do presidente Getúlio
Vargas. Estiveram presentes o governador do Rio Grande do Sul, Germano
Rigoto, o escritor Carlos Heitor Cony, o cineasta Murilo Salles
e o chefe de departamento de História da UFF, Eurico de Figueiredo,
entre outros. O evento contou com o apoio da Petrobras.
No mesmo ano, idealizou, coordenou e participou
como autora da coleção “Elas são de morte”,
editada pela Rocco, composta de nove romances policiais escritos
por mulheres; Vende-se Vestido de Noiva é o título
de sua autoria. O lançamento rendeu matérias no caderno
Prosa & Verso de O Globo e no caderno Ideias do Jornal
do Brasil, além de convites para os programas Espaço
Aberto, com Edney Silvestre, na Globo News, e Sem Censura,
da TV Educativa (hoje TV Brasil), no qual permaneceu por algum tempo
como intermediadora das entrevistas, a convite da apresentadora,
Leda Nagle.
|