— No texto introdutório de 82 páginas intitulado “Glória e agonia do soneto” – a que se seguem 146 magníficos sonetos de sua lavra – o poeta, jornalista e crítico literário baiano reafirma suas qualidades de pesquisador. Ao mesmo tempo, evidencia a importância da poesia, mostrando-a associada aos momentos de alegria e de tristeza, às práticas de trabalho e do quotidiano, às manifestações do misticismo e da religião, à luta política contra a opressão, e até mesmo na guerra, como instrumento de combate ao militarismo e à tirania. Neste livro, que tem como subtítulo Teoria e prática do soneto, Teixeira Gomes também analisa a função da rima, da estrofe, o prestígio do decassílabo, o apogeu e o declínio do soneto, o uso do verso livre e o papel das vanguardas. Já os sonetos se incluem numa tradição que ele iniciou com Ciclo Imaginário, doze sonetos dedicados aos meses do ano (1975). Entre a sua produção poética destacam-se, igualmente, O Domador de Gafanhotos (1976) e A Esfinge Contemplada (1988). Como crítico literário, publicou Camões Contestador (1978) e A Tempestade Engarrafada (1995). Contista, é de sua autoria O Telefone dos Mortos (Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 1997). Lançou também o romance histórico Assassinos da Liberdade (2008) e a biografia Glauber Rocha, esse vulcão (1997).
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